domingo, 24 de janeiro de 2010

Educadora e Orientadora em Parapsicologia e Hipnose Profª Silca Malutta - fala sobre Educando a Emoção

Artigo publicado no Jornal A Notícia do Estado de Santa Catarina em 12/02/09
Educando a emoção

Mau aluno é um tipo raro hoje em dia. Criança desobediente, então, nem se fala.
Antigamente, os pais eram autoritários; hoje, são os filhos. Antigamente, os professores eram os heróis dos alunos; hoje, são vítimas deles. Os jovens não sabem ser contrariados. Se eles não ouvirem “não” dos seus pais, estarão despreparados para ouvir “não” da vida. Por exemplo, ir para a cama de madrugada e ter de acordar cedo para ir a escola é inadmissível e, portanto, inegociável. De outro lado, a quantidade de tempo na Internet e o horário de voltar para casa podem ser negociados.
Eduque a emoção com inteligência. E o que é educar a emoção? É estimular o aluno a pensar antes de reagir, a não ter medo do medo, a ser líder de si mesmo, autor da sua história, saber filtrar os estímulos estressantes e a trabalhar não apenas com fatos lógicos e problemas concretos, mas também com as contradições da vida.
Educar a emoção também é se doar sem esperar retorno, ser fiel à sua consciência, extrair prazer dos pequenos estímulos da existência, saber perder, correr riscos para transformar os sonhos em realidade, ter coragem para andar por lugares desconhecidos. Quem teve privilégio de educar a emoção em sua juventude?
Infelizmente, jogados na sociedade sem qualquer preparo para viver. Somos vacinados contra vírus e bactérias, mas não recebemos nenhuma vacina contra decepções, frustrações e rejeições. Quantas lágrimas, dores de barriga, crises de relacionamentos e até suicídios poderiam ser evitados com a educação da emoção? Os professores sabem que trabalhar com a emoção é mais complexo do que trabalhar com os mais intricados cálculos da física.
E os professores sabem que apenas a experiência é registrada de maneira privilegiada na memória. São as emoções que enriquecem a vida, e dominá-las só é bom se elas se tornam destrutivas. Quando a criança ou o jovem conseguem administrar melhor suas emoções, ela é capaz de se manter mais concentrada, o que a faz aprender com maior facilidade.
“Quero meu professor assim: Que percebe que somos todos diferentes, mas que cada um tem algo de bom. Que conte aos meus pais como estou, para que eles também possam me ajudar”.

Profª Silca T Malutta – Pós-graduada em parapsicologia clínica em Joinville

Nenhum comentário: