domingo, 23 de fevereiro de 2014

BLOG DA PROFª SILCA -PSICOTERAPIA REENCARNACIONISTA - JOINVILLLE- (47) 8449-8400

 ASSUNTO POLÊMICO COM A PROFª DE REGRESSÃO DE VIDAS PASSADAS - SILCA MALUTTA
. Em 1979, o Dr Morris Netherton (EUA) publicou “ You have Been Here Before” (Já vivemos antes). (ed.Europa-América-Lisboa).
              Ao reencarnarmos, aqui chegamos no mesmo nível de sentimentos e de pensamentos de quando saímos da última vida terrena e, portanto, cada um de nós, ao passar pelas situações atuais da vida intrauterina e da infância, vai reagir ao seu modo. Isso é facilmente observável em famílias com vários filhos, em que na casa um tem a sua maneira de ser desde nenê: um é impetuoso, agitado e ofensivo, outro é equilibrado, comedido e bondoso:  e assim por diante. E por que é assim? Porque tudo é uma continuação, nós somos o mesmo que desencarnou na vida terrena passada, apenas mudamos a nossa forma física, o nome e os demais rótulos, mas permanecemos intrinsecamente iguais. Essas tendências inadequadas revelam, por si só, o que viemos curar, ou melhorar, ao reencarnarmos. O que acontecerá serão reforços ou atenuações dessas características pelas vivências atuais, intra ou extrauterinas, e no decorrer da encarnação, ou seja,  às vezes, a mera manutenção do que já veio conosco ao nascermos é porque já nascemos com características próprias, inerentes a cada um de nós, desenvolvidas durante as sucessivas encarnações. Então nós observamos as crianças impetuosas e as equilibradas, as carinhosas e  as ambiciosas e  as organizadas e as desogranizadas. Tudo é uma continuação vida após vida e aí se revela a Personalidade Congênita.
            É amplamente reconhecido nos meios espiritualistas que nós temos contato com nossos futuros pais antes mesmo de iniciarmos nossa materialização intrauterina, e então se pode questionar: Por que essa pessoa, que trazia uma tão forte tendência de sentir-se abandonada e rejeitada, necessitou passar por uma nova vivência encarnatória semelhante? Para que esses antigos sentimentos aflorassem e ela pudesse entrar em contato com eles, possibilitando-se trata-los  desta tendência repetitiva. Encontramos aí a proposta de mudanças de comportamento e patrões. Ela não é uma vítima de abandono por parte de sua mãe; ela é coadjuvante ativa de todo o processo, e mais, colaborou na criação dessa experiência, por uma necessidade de crescimento, que implica em eliminar esses sentimentos e pensamentos inadequados, ou seja, reencarnou para isso.
E devemos nos perguntar por que ter reencarnado filho daquela mãe? Quem sabe a rejeitou, maltratou, abandonou, em alguma outra encarnação, e o que está atuando então é a Lei do Retorno?.
Vemos nas  sessões de regressão que as pessoas tendem a passar por situações repetitivas, há muitas e muitas encarnações, até conseguir diminuir bastante ou eliminar os sentimentos negativos que nelas afloram, mas que, por trás disso, comumente existe uma ação nossa, anterior, há séculos atrás, semelhante, contra outras pessoas. Ou seja, o desamparado desamparou; o ofendido ofendeu; escravizado escravizou;  e assim por diante. E isso não é para pagar, nem para sofrer, como algumas pessoas acreditam, é a Justiça Divina. É para aprendermos o que é certo e o que é errado, e geralmente só aprendemos essas lições sofrendo na própria pele.
Precisamos entender as  desigualdades, desproporção, desmerecido, inevitável as diferenças, por que alguém nos faz “sofrer”, as situações pelas quais passamos em nossa vida, e deixamos de encará-las como experiências, criadas ou co-criadas por nós mesmos, moldadas nos tecidos do nosso destino, para que, através delas, possamos nos curar, aprender, resgatar, crescer, nos aproximarmos mais da Perfeição. O que parece “negativo”, o que nos faz sofrer, geralmente são oportunidades de crescimento, lições benéficas para a nossa evolução.
A exemplo citado acima, a pessoa pode tentar perdoar sua mãe, porque isso é o certo, porque Jesus recomendou, etc.,  mas essa tarefa será facilitada se raciocinar que, provavelmente, pediu para passar por essa situação terrena, para descobrir e tentar eliminar uma antiga tendência de magoar-se, de sentir-se rejeitada, que traz consigo há séculos, e/ou então para resgatar o que fez a esse Espírito que está atualmente sendo sua mãe.
            As pessoas, mesmo reencarnacionistas, geralmente enxergam a sua infância e sua vida de uma maneira não-reencarnacionista, e a intenção do terapeuta reencarnacionista é ajudá-las a entender que essa maneira é como a sua persona leu e entendeu os fatos de sua vida e pode, então, mudar para uma visão muito mais ampla. É sobre isso que conversamos com as pessoas no consultório, ajudando-as a ver as coisas de uma maneira completamente diferente de como viam antes. O conhecimento da reencarnação amplia enormemente a compreensão dos fatos contrapruducente e restritivo da infância e da vida. Nós descemos do Plano Astral para a Terra para passar por fatos que a nossa persona entende como “sofrivel”, mas são co-criados por nós, pois são necessários para nos purificarmos passando por eles. E nas sessões de regressão com as pessoas retornando séculos ou milhares de anos atrás, algumas vezes, ouvimos relatos de “vítimas” do atual pai, da mãe, do ex-marido, etc., encontrando a pessoa má de hoje como sua vítima lá. Mas essas inversões de papéis custam a acontecer, pois, pela Personalidade Congênita, nós demoramos muitos séculos para mudar características inadequadas de nossa personalidade, ou seja, o autoritário, cruel, vem sendo assim há séculos; o infeliz, sofredor, idem, e assim por diante. No consultório observamos distorções desse tipo no seu entendimento. Aquele desfiar de mágoas, tristezas e raivas são reais, mas a visão como se fosse uma vítima é equivocada, pois esquecida de um propósito maior, anterior. São ilusões vivendo de ilusões e realimentando-se patologicamente. Devemos nos perguntar: “Se reencarnei para evoluir, o que significa é diminuir os meus patrões inadequados, por que estou precisando passar por isso?” E mesmo que não saibamos a resposta, não devemos nos vitimizar, nos sentirmos injustiçados, sentirmos raiva, pois não lembramos do nosso passado. O que está acontecendo de ruim conosco é mais uma oportunidade de eliminarmos uma tendência inferior, de sentir raiva ou mágoa, é a Lei do Retorno, ou ambas? A vida não começa na infância; a nossa “casca” tem algumas décadas de existência, mas nós temos algumas centenas de milhares de anos...
            Não recordamos os nossos objetivos, metas e propostas pré-reencarnatórias porque, durante a vigília, a nossa Consciência permanece o tempo todo no corpo físico, enquanto que essas informações estão no corpo astral e no mental. Durante o sono do corpo físico, a nossa Consciência sai e vai para esses corpos, mas quando acordamos não recordamos o que aconteceu, o que vivênciamos, o que aprendemos, ou parece sonho, ou pesadelo.... Quando nosso corpo físico morre e a nossa Consciência assume o corpo astral, passamos a ter acesso a essas questões e aí vêm os arrependimentos, as lamentações, as expressões “Ah, se eu tivesse me lembrado...” ou “Ah, se eu soubesse...”. No corpo astral, as informações estão de uma maneira emocional; no corpo mental, de um modo intelectual.
             Não é fácil raciocinar de uma maneira reencarnacionista no nosso dia-a-dia, pois implica em uma mudança muito profunda de enfoque.  Trazemos conosco tendências de sentir e reagir de certa maneira e, pelo que se observa nas regressões, é como viemos nos comportando e sentindo há séculos; é como uma matéria que não aprendemos  e  iremos precisar repetir o ano até aprender. Isso se aplica aos tristes, aos magoados, aos infelizes, que vêm repetindo o ano há séculos, e também se aplica  aos orgulhosos, aos materialistas,  aos cruéis. Mas nessa Escola, cada “ano letivo” é uma encarnação.
             As pessoas depressivas atribuem a sua depressão aos eventos tristes de sua vida e  preferem culpar alguém, vitimizar-se, buscar explicações e justificativas para o fato de serem depressivas. Então, precisam mudar essa tendência que vêm trazendo há muitas encarnações, e as pessoas ou situações que as fizeram/fazem manifestar-se “gatilhos”  não são prejudiciais para a sua evolução, pelo contrário, estão lhes mostrando o que vieram curar em si. São potencialmente benéficas, mas parecem prejudiciais. É importante que as pessoas que acreditam na Reencarnação e querem realmente aproveitar essa encarnação, comecem a se perguntar: Por que eu pedi isso?, Por que eu reagi/reajo assim? dessa maneira começarão a entender o que vieram melhorar nessa atual encarnação. Os   medrosos, o medo;  os ciumentos, o ciúme; os materialistas, o materialismo; os desconfiados, a desconfiança; e assim por diante. Para isso, devem entender que já nasceram com essas tendências e que os fatos da sua infância e os do decorrer da vida são  fatores que afloraram para evoluir. Nós desencarnamos e reencarnamos do mesmo modo, com os mesmos sentimentos e pensamentos e, portanto, com a mesma tendência a agir e reagir perante os fatos da vida terrena. A passagem aqui pela Terra, tem a finalidade de nos mostrar nossos patrões repetitivos e, então, tudo o que acontece ou o que  “nos fazem” são elementos reveladores dessas características que viemos curar, para nos libertarmos delas, através da mudança de postura. Não devemos culpar ninguém que nos ajude a detectá-las; pelo contrário, devemos agradecer, pois estão atuando a nosso favor.

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