A CURA DE UM SISTEMA FAMILIAR POR MEIO DAS CONSTELAÇÕES
SISTÊMICAS
Artigo publicado em 28 de Janeiro de 2017 pela Prof. Silca
Malutta
A memória de um evento passado
sistêmico ocorrido há gerações - fica gravado tudo o que aconteceu, nos seus
mínimos detalhes. Uma vez gravado, este passado pode continuar repercutindo no
presente. Uma criança que foi abandonada pelo pai ou uma mulher por um namorado
pode repercutir para seus descendentes
que ter relacionamento com homens significa sofrimento e depois de
muitas gerações continuar evitando
qualquer aproximação masculina. O que
fazer então? Voltamos ao lugar onde
ocorreu o trauma, o bloqueio, a exclusão ou outros danos sistêmicos. A pessoa
se reconecta com uma memória passada. A regressão sistêmica ocorre quando a
pessoa revive o passado em toda sua totalidade.
Algo não conciliado. Um membro da família deve assumir esse aspecto não
conciliado, geralmente o membro que possui o maio amor. Isso atravessa diversas
gerações, até o presente. Assim sendo, o esclarecimento, a inclusão, a reconciliação de algo na ancestralidade atravessa várias gerações e chega ao presente/futuro. Essa
consciência sistêmica não é apenas do passado para o presente, mas também do presente/futuro
para o passado.
Não sabemos
de antemão qual será o desfecho final do
movimento da alma sistêmica. Entretanto o efeito residual é positivo, quase
como o despejar de uma carga mental que foi carregada por tempo demais. Pouco a
pouco, a experiência daquela lembrança começa a ser integrada à existência
atual, com inteira naturalidade.
A pessoa pode experienciar alívio da carga
emocional e somática - sem o peso daqueles condicionamentos adquiridos
no passado. O acesso à memória de um passado distante é um recurso terapêutico
uma ferramenta que pode em muito beneficiar a pessoa, trazendo renovação ao seu
presente e futuro.